Bolsonaristas exigiram mudança de protocolo e denunciaram censura da OEA

Pedro Vaca, relator especial para Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH),1xbet,Caça-níqueis com pagamento alto,Caça-níqueis com pagamento alto, foi pressionado pela ala bolsonarista para mudar o protocolo dos trabalhos das missões da agência.

Ele viajou ao Brasil para investigar a situação dos ataques à imprensa e a desinformação no Brasil. Mas a ala bolsonarista tenta transformar a missão em uma oportunidade para internacionalizar a narrativa de que existe uma suposta ditadura no Brasil.

Na terça-feira, Vaca esteve com um grupo de parlamentares bolsonaristas,Caça-níqueis de alta definição, num encontro que serviu para que os deputados e senadores mostrassem como,casino,RPG.BET,Slots de alta volatilidade,Caça-níqueis de vídeo,promoções de caça-níqueis,rpg,Promoções de cassino, supostamente,RPG.BET,Caça-níqueis de bingo,Caça-níqueis de alta definição, são alvos de censura e perseguição no Brasil.

Mas,Apostas em dispositivos móveis, quando o encontro começou, um impasse se instalou. A equipe técnica da Comissão Interamericana explicou ao grupo que não seria autorizada a gravação a reunião e que esse seria o protocolo da Comissão "para todas as pessoas". De fato, essa é a regra para qualquer viagem de qualquer relator do órgão,Slots de cassino móveis, em todo o continente.

O grupo, porém, rebateu. Numa das falas, o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) chegou a sugerir "censura" por parte do órgão da OEA.

A equipe técnica da Comissão insistiu,Slots de bônus, então, que aquelas eram as regras e que existia um protocolo a ser seguido.

Mais uma vez, o grupo bolsonarista se recusou a aceitar. Van Hattem indicou que não haveria "base legal" para a proibição da filmagem. O deputado justificou que, numa recente viagem do grupo para a sede da entidade em Washington,rpg.bet, a mesma regra de evitar a gravação foi adotada e que, agora, não estavam dispostos a aceitá-la de novo.

Vaca, para permitir que a reunião fosse iniciada e que o tema não se transformasse em uma crise, acabou acatando a filmagem.

Imediatamente após o encontro, os parlamentares usaram os vídeos para difundir suas versões nas redes sociais e revelar como tinham "denunciado a censura" no Brasil.

O incidente, porém, foi visto como um sinal do esforço dessa ala para manipular a viagem de Vaca. Nesta quarta-feira, o relator esteve com membros do Instituto Vladimir Herzog (IVH), deputados e senadores que fizeram parte da comissão que investigou os ataques de 8 de janeiro em Brasília, como Eliziane Gama e Jandira Feghali.

Desta vez, a reunião não foi filmada e o protocolo da OEA foi respeitado, assim como ocorreu em todos os demais encontros.

Numa nota, o Instituto Vladimir Herzog destacou como a missão ocorre a convite do Estado brasileiro, conforme comunicado divulgado pelo órgão em outubro do ano passado. "Não é verdadeiro, portanto, o discurso que vem sendo alardeado nas redes da extrema-direita de que a visita atende a um pedido de parlamentares bolsonaristas", disse.

"Tanto é assim que durante a visita, que se estende até sexta-feira, Vaca se reuniu com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e com representantes do governo brasileiro, que têm liderado esforços internacionais para combater a desinformação e a deturpação da liberdade de expressão para fins antidemocráticos", disse a nota.

Em entrevista ao jornal O Globo, o próprio relator apontou que caso o Brasil fosse um país com governo autoritário, a comissão da CIDH sequer seria recebida.

No encontro desta quarta-feira, Rogério Sottili, diretor executivo do IVH, lembrou que os parlamentares da extrema-direita que agora tentam usar a legitimidade da CIDH para validar seus discursos e atos criminosos "são os mesmos que incitaram a tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023 e, ainda hoje, operam redes de desinformação que atuam de forma coordenada em países da América Latina e nos Estados Unidos".

"O que nos deixa mais preocupados é o fato de que as tentativas de golpe têm as digitais de agentes públicos, vários deles com mandatos no Congresso Federal", disse.

"Parlamentares de extrema-direita foram condenados pelo Tribunal Superior Eleitoral a pagarem multas por espalharem desinformação e foram indiciados pela Polícia Federal por crimes de calúnia e injúria. Eles integram um grupo político que teve participação ativa na incitação dos atos criminosos que aconteceram em Brasília em 8 de janeiro de 2023 e continuam tentando desestabilizar o regime democrático por meio da desinformação, relatou Sottili.

Na sexta-feira, o Instituto irá se reunir novamente com o relator da CIDH, desta vez junto com outras organizações da sociedade civil que atuam em defesa da liberdade de expressão. No encontro, serão apresentados dados e informações sobre a violência contra a imprensa, especialmente sobre os casos de assédio judicial contra jornalistas, comunicadores e veículos de imprensa, que se multiplicaram ao longo dos últimos anos.

Reportagem

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